segunda-feira, 16 de outubro de 2017

HIV na terceira idade.

Li essa matéria no G1 e achei que seria interessante compartilhar, vale ressaltar que o vírus não escolhe idade... 

Costureira de 67 anos relata angústia ao descobrir HIV: 'não pensei na camisinha'

Incidência do vírus da Aids entre idosos aumentou 60% no Estado de São Paulo entre 2009 e 2015. 
Uso de preservativos é tabu entre os mais velhos, afirma coordenadora de Saúde.
Até pouco tempo atrás, a costureira Maria Rita Alves Lemes, de Ribeirão Preto (SP), considerava ter chegado à fase mais tranquila de sua vida. 
Mas, aos 67 anos, com três filhos e divorciada, o que ela menos imaginou foi ser diagnosticada com HIV na terceira idade.
"Não tive cuidado, porque não pensei na camisinha. Quem tinha talvez nem sabia que tinha", conta.
O alerta de Maria Rita se traduz nos números da transmissão do vírus da Aids entre idosos. Os casos subiram 60,6% em São Paulo entre 2007 e 2015. 
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a incidência subiu de 3,3 para 5,3 casos para cada cem mil habitantes nesse período.
Uma estatística que encontra explicação num traço de comportamento comum entre os mais velhos que exaustivamente gera alerta entre as autoridades médicas: 
a falta do preservativo na relação sexual, de acordo com a coordenadora do Programa DST/Aids de Ribeirão Preto, Lis Neves.
"Observamos que os idosos estão saindo mais, aproveitando a vida um pouco mais, estão se divertindo mais. 
Isso associado aos estimulantes sexuais, e os idosos de um modo geral não têm o hábito da prevenção em relação ao HIV", afirma.
Após a menopausa, de acordo com ela, a utilização de gel é importante e evita ferimentos que podem colocar o organismo em risco. 
Além disso, a coordenadora recomenda aos pacientes fazer o exame. 
"Sempre que for possível faça um teste de HIV ao menos uma vez na vida." 

'Foi uma armadilha'

Maria Rita usa medicações diariamente contra o HIV, mas diz levar uma vida normal, sem efeitos colaterais. Mas ela jamais esquece a angústia que sentiu quando foi diagnosticada, graças a uma doença oportunista. 
"Foi muito difícil, eu só chorava, chorava, por uns meses não adiantava você falar nada pra mim", conta.
A costureira, que costumava ter uma vida sexual ativa, confirma não ter se cuidado quando era preciso e acabou tendo que conviver, na terceira idade, com algo que nunca imaginou.
"Foi uma armadilha, porque eu jamais pensei em camisinha, nunca tinha pensado em camisinha. 
(...) É uma coisa assim que você tem que acordar", conta, sem querer culpar um ou outro parceiro pelo que aconteceu.
Assim que descobriu o vírus, iniciou o tratamento com remédios e garante ter uma vida saudável, apesar de ter preferido nunca mais ter tido parceiros. 
"Quanto mais cedo você descobrir, mais chance você tem de começar a tomar o remédio e sua imunidade melhorar."
Ela confirma que a falta de uso do preservativo é um hábito comum entre pessoas de sua idade. 
"Tem muita gente que não acredita que essa camisinha vai fazer algum efeito, e muita gente diz que não gosta."
Com a lição aprendida, Maria Rita agora usa seu caso de exemplo. 
Para quem caiu na armadilha, a dica é não desanimar. 
"Levantar a cabeça, começar a tomar os remédios direitinho", diz.
Para os demais, velho ou novo, vale o alerta básico, mas sempre importante. 
"Hoje encho o quarto do meu neto de preservativos."

https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/costureira-de-67-anos-relata-angustia-ao-descobrir-hiv-nao-pensei-na-camisinha.ghtml

sábado, 7 de outubro de 2017

Assistente Social

Mês passado fui com o Breno tirar umas dúvidas com a Assistente Social do CTA.

E tive que deixar registrada aqui minha experiência.

Pois quando é para reclamar de algo a gente reclama sem nem pensar duas vezes, então quando merece elogio temos que elogiar também.

A E. extremamente educada e acolhedora, conversou bastante com nós 2. Perguntou como era namorar ele e sobre a questão de casamento e filhos.

Inclusive, disse que haviam outros casais sorodiscordantes que estão tendo filhos normalmente sem o risco de contágio. Nos orientou a conversar com a médica do Breno sobre o assunto e principalmente que nunca devemos desistir dos nossos sonhos.

Como já citei aqui no blog outras vezes, os profissionais do CTA são todos maravilhosos, tratam o Breno muito bem, e todas as vezes que vou lá sou bem recebida também!

Gratidão a todos eles, por todo carinho e acolhimento!

Beijos e abraços,
Edna

Lei federal 12.984 de 2014

Recentemente, em São Paulo, foi lançada uma cartilha que fala sobre o combate a discriminação contra pessoas vivendo com HIV/aids.

Achei bem legal, conscientizar as pessoas que se trata de um crime tratar de maneira diferente alguém que vive com HIV, principalmente se tratando das empresas.

Após 2 anos de diagnóstico o Breno continua trabalhando, estudando, namorando, criando o filho, como qualquer outra pessoa, HIV não é empecilho para viver bem, com saúde e realizando todos os seus sonhos!

Edna


2 anos, o que mudou? Camisinha e muito amor!

Ontem, 06/10/17 se completaram 2 anos do diagnóstico do Breno, do dia em que lemos naquele papel o "Reagente para HIV"

E aí eu me pergunto, o que mudou?

Muitas coisas...

Tratamento com os antirretrovirais, consultas médicas e camisinha sempre!

Mas eu vejo o Breno muito mais saudável do que antes. Não tenho medo de me relacionar com ele, as camisinhas estão presentes em todas as nossas relações e não é algo incomodo, muito pelo contrário.

Usar camisinha é uma forma de carinho!

E a mudança mais importante: depois do diagnóstico é que nós percebemos o tanto que gostávamos um do outro, eu decidi que queria estar com ele e enfrentar junto o que viesse. Não me arrependo, pois tudo que tive dele até agora foram coisas boas, carinho, compreensão, cuidado, e muito amor!

Um vírus não tem a capacidade de destruir o amor!

Beijos e abraços,

Edna