domingo, 13 de novembro de 2016

Atletas com HIV

Essa semana Magic Johnson publicou uma carta revelando ao mundo como é viver com o HIV a 25 anos.
Abaixo mais alguns atletas que alguns eram soropositivos que não estão mais entre nós e alguns sim, imagino que essa lista poderia ser mais extensa. Mas cada um tem o direito de falar ou não...



Tim Richmond – Vindo de uma família rica, Richmond fez sucesso na Nascar rapidamente e conseguiu sua melhor colocação em 1986, quando ficou em terceiro lugar. Só que ele não participou da primeira corrida do ano seguinte por causa de pneumonia. Após não conseguir pilotar em parte de 87, ele tentou voltar em 88, mas foi suspenso por usar substâncias proibidas. O piloto morreu em 1989, sem que a causa da sua morte fosse anunciada. Alguns dias depois, a família deu uma coletiva afirmando que ele tinha contraído o vírus HIV, que já se mostrava presente há alguns anos.


  
Roy Simmons – Simmons teve boas temporadas com New York Giants e Washington Redskins na NFL no início dos anos 80, mas sua carreira terminou cedo. Após os primeiros boatos de que ele seria homossexual, o ex-guard buscou isolamento de sua família e chegou até a ser mendigo por um tempo. Em 1992, ele assumiu a homossexualidade em um programa de televisão, e cinco anos depois, descobriu que era soropositivo. O ex-jogador faleceu em 2014, vítima de pneumonia.



Artur Ashe – Após uma carreira vitoriosa com três títulos em Grand Slams, o tenista que hoje dá nome à principal quadra do complexo do US Open descobriu que tinha contraído o vírus HIV após sofrer com sintomas de toxoplasmose, uma doença comum entre portadores do vírus. Os médicos que cuidaram do tenista acreditam que uma das transfusões de sangue que ele fez após uma cirurgia no coração foi a responsável pela transmissão. Ashe faleceu em 1993, vítima de uma pneumonia relacionado ao vírus.




Greg Louganis – Bicampeão olímpico nos saltos ornamentais na plataforma de 10 metros e no trampolim de 3 metros, Greg Louganis conquistou sua segunda dupla de medalhas em 1988, pouco tempo depois de ser diagnosticado com o vírus HIV. Atualmente com 56 anos, o ex-saltador afirma que a luta contra a doença aumentou sua motivação de manter uma vida mais saudável.


Glenn Burke – Burke foi o primeiro atleta assumidamente homossexual a atuar em uma das grandes ligas esportivas dos Estados Unidos e sofreu por conta disso, sendo trocado pelo Los Angeles Dodgers após recusar se casar com uma mulher, mesmo com os companheiros de clube não vendo problemas em sua homossexualidade e depois ouvindo vários insultos no banco do Oakland Athletics. O jogador morreu em 1995 devido a complicações por causa de AIDS.
 


 Ji Wallace – Em casa, Ji Wallace conquistou a medalha de prata no trampolim nas Olimpíadas de 2000. Cinco anos depois, ele revelou que era homossexual. E em 2012, Ji escreveu uma carta no Sydney Star Observer, um tabloide direcionado ao público LGBT, dizendo que tinha contraído o vírus HIV e que foi inspirado a admitir após ver uma entrevista de Greg Louganis.
 


Magic Johnson – Antes do início da temporada 1991/92 da NBA, um exame médico indicou que Johnson testou positivo para HIV e ele anunciou sua aposentadoria pouco tempo depois, em uma coletiva de imprensa extremamente emocionante. O diagnóstico de Magic mudou a percepção da doença nos EUA, trazendo mais atenção para a causa e diminuindo os estereótipos. Desde então, o agora empresário tem participado bastante de campanhas de prevenção e escreveu um livro sobre a necessidade de segurança durante o sexo.



Esteban de Jesús – Esteban de Jesús foi o principal boxeador de Porto Rico por muitos anos e teve uma ótima carreira, vencendo 58 de suas 63 lutas entre 1969 e 1980. Sua carreira terminou porque depois de consumir cocaína, Esteban se envolveu em uma confusão e matou um garoto de 17 anos. Por causa disso, o ex-boxeador foi sentenciado a morrer na prisão. Cinco anos depois, ele descobriu que seu irmão, Enrique, morreu por causa do vírus HIV. E como ele tinha dividido seringas com o irmão, acabou contraindo o vírus. De Jesús teve sua prisão perdoada após o diagnóstico, mas ele morreu dois meses depois após sair da cadeia.



Tom Waddell – Waddell era médico e atleta do decatlo, modalidade em que representou os Estados Unidos em 1968. Mas sua maior influência no esporte foi a criação dos Jogos Gays, que existem desde 1982 e já têm sua décima edição marcada para 2018, em Paris. Tom foi diagnosticado com AIDS em 1985 e morreu dois anos depois por causa de complicações causadas pela doença.
 

Tommy Morrison – Mais conhecido por atuar ao lado de Sylvester Stallone no quinto filme da série Rocky, Morrison foi um boxeador de bastante sucesso no fim dos anos 80 e início dos 90, ganhando 46 das 50 lutas que disputou. Mas antes de um combate em 1996, a Comissão Esportiva de Nevada anunciou que o boxeador estava suspenso porque tinha testado positivo para o HIV. Ele chegou a batalhar o diagnóstico em 2007, alegando que teria feito testes que deram resultado negativo e que foram confirmados por especialistas. Morrison morreu em 2013, vítima de parada cardíaca.



Fonte: https://esportes.yahoo.com/fotos/atletas-com-hiv-slideshow/atletas-com-hiv-photo-1478545740099.html


Pense bem: HIV não está no rosto, na orientação sexual ou no modo de vida. Está no sangue e no sêmen. Faça o teste de HIV.
Viver com AIDS é possível, com o preconceito, não.
Todo dia é Dia Mundial de luta contra a AIDS. Previna-se.
Amor não protege do HIV, mas a camisinha, sim.
Faça sexo seguro, use camisinha e proteja-se do HIV.
A vida é mais forte que a AIDS.
A AIDS não tem preconceito.
Ame uma pessoa vivendo com HIV.

Abraços...

...Breno...

 

sábado, 12 de novembro de 2016

Enquanto isso, na farmácia do Cta...

Quinta-feira, chovia na cidade e era dia do Breno buscar seus antirretrovirais.
Estávamos juntos resolvendo algumas pendências e quando acabamos ele me diz que precisa buscar os remédios:

-Vou lá rapidinho, você me espera no carro.

Nem precisei pensar para responder:

- Vou com você, pois não é nenhuma vergonha.

Ele ainda insistiu que se eu não quisesse não precisava ir, que poderia esperar no carro que voltaria rapidinho.

Pegamos o guarda chuva e fomos. 

Como todos que acompanham o blog já sabem, eu já conhecia o Cta, porém não a farmácia de lá.

E achei uma estrutura bem desconfortável, ao chegar o paciente pega uma senha e espera numa espécie de "barracão", há algumas cadeiras e uma janela em que as funcionárias ficam chamando as pessoas.

Haviam umas 15 pessoas lá no momento, o Breno disse que normalmente não é tão cheio assim.

E eu não pude deixar de observar que haviam pessoas bem diferentes umas das outras:

* O rapaz com uniforme de empresa
* O casal gay
* A travesti
* Pessoas com roupas simples
* Pessoas com roupas e sapatos de marca
* Pessoas bastante jovens com aparência de 20 e poucos anos
* Pessoas com aparência mais velha.

Mas uma coisa é fato: Não estava escrito HIV na testa de ninguém! Olhando e observando todas aquelas pessoas não dá para imaginar qual tipo de medicação que estão buscando, já que não é só o Hiv que é tratado lá, mas também outras especialidades de infectologia. 

E sempre que chegava alguém todos olhavam, quase como que tentando ver se conhecia tal pessoa.
Muitos tinham semblante triste, outros mais serenos. Mas acredito que todos, sem exceção, não gostariam de estar ali, buscando medicamentos, mas assim estavam fazendo, para cuidar da própria saúde e consequentemente da saúde de seus parceiros. 

Existe também um certo "ritual" seguido: a funcionária chama, pessoa entrega a receita, pega a medicação, vira de costas para os que estão aguardando, tiram as caixas e bulas e ficam somente com os frascos, colocam na mochila/bolsa/sacola e saem sem olhar no rosto de ninguém.
Disse para o Breno que de certo modo as pessoas agem como se estivessem fazendo algo errado, mas não estão, muito pelo contrário.
E eu, de certo modo, quebrei o ritual do Breno rs, pois coloquei na sacola e sai andando com ela na mão. Não devo nada para ninguém e tenho muito orgulho do Breno estar se tratando, será sempre incentivado a continuar e a ficar bem.

Soropositivos ou não, vamos nos cuidar sempre, só temos a ganhar com isso! O tratamento é a melhor opção, com toda certeza, enquanto a sonhada cura não vem!

Positivos, vocês são guerreiros e tem toda a minha admiração e respeito!

Beijos e abraços,

Edna

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Há vida pós HIV

No último dia 7 desse mês li uma linda matéria do ex jogador de basquete Magic Johnson, foi uma carta onde ele descreveu sua vida pós HIV onde na época era sentença de morte.
Mas ele foi forte, forte assim como vários portadores como nós.
Ele é um dos maiores nomes do esporte e é prova viva que é possível sim viver com HIV e viver bem, infelizmente muitos que contraíram HIV nessa época não estão mais conosco.

Devemos sempre no cuidar e cuidar de quem está junto com nós nessa "luta" com muito amor confiança e esperança por uma vida melhor, porque a vida vale muito a pena.

Todos os dias, faça ao menos alguma coisa que realmente você gosta. Cuide-se!
Viva cada dia como se fosse o primeiro de uma viagem fantástica. A vida é hoje, é agora. Seja feliz hoje, sorria, aproveite a vida hoje, seja competente, tenha iniciativa, comece hoje a construir seus sonhos e viva a realidade de hoje com entusiasmo.

Enquanto houver vida há esperança...



 Segue a carta de Magic Johnson:


Há exatos 25 anos Magic Johnson participaria de uma das entrevistas coletivas mais concorridas e emocionantes da história do basquete. Em 7 de novembro de 1991 ele anunciaria ao mundo que havia contraído o vírus do HIV.

Na época, a desinformação vencia muita coisa. Só não venceu o sorriso de Magic, que em menos de 5 meses já estaria de volta às quadras. Passando recados, mostrando ao mundo como tratar, se prevenir e falar sobre a doença. Em quadra saudável, craque, gênio e carismático. E sorridente como sempre.

Pensei em escrever mais algumas coisas sobre isso, mas aí li um texto dele, Magic, e não tenho nem mais o que dizer. Emocionem-se também!

''Para entender como cheguei onde estou hoje você tem que entender de onde vim. Hoje é a celebração da vida, a celebração do que algumas pessoas pensaram ser uma sentença de morte 25 anos atrás. É a celebração de algo pelo qual passei até agora.

D's coloca desafios para que você entenda a Sua força e Seu propósito para a sua vida. A vida vai ter altos e baixos, mas é a humildade que você mostra nos bons momentos e a resiliência que apresenta nos maus momentos que fazer você ser quem você é. É a celebração desses momentos!

No dia 25 de junho de 1979 minha vida mudou para sempre. Foi o dia em que fui escolhido como número 1 do Draft pelo Los Angeles Lakers. Finalmente havia alcançado meu sonho de ser jogador profissional de basquete. Trabalhei muito duro na minha adolescência e nos anos de universidade para ser o melhor jogador que poderia ser e agora tudo havia valido a pena. Nos 12 anos seguintes, fui abençoado por liderar os Lakers a cinco títulos em nove finais. Pude jogar contra os melhores jogadores da história. Enfrentar Larry Bird, Dr. J, George Gervin, Michael Jordan, Isiah Thomas e outros me levou ao meu limite físico e mental.

O dia 7 de novembro de 1991 foi o da mudança da minha vida de uma forma que nunca esperei. No entanto, ao contrário da alegria que caracterizou o verão de 1979, aquele dia foi seguido de desespero. Antes disso achei que a coisa mais difícil havia sido enfrentar Michael Jordan ou Larry Bird, mas nesse dia comecei a luta da minha vida. Nesse dia comecei a ver o que D's havia preparado para a minha vida. Minha fé me deu forças para me levantar e dizer ao mundo que havia contraído o vírus HIV. Então tive que aceitar minha nova situação, dizendo ao mundo que era uma provação diferente. No começo dos anos 90 ouvir sobre alguém com o vírus HIV/AIDS significava que não tinha muita vida pela frente. Senti que era meu dever educar o máximo de pessoas sobre a doença. 

Então comecei minha nova jornada de andar todo dia com o propósito de D's. Hoje, continuo fazendo tudo que posso para levar conhecimento e educação sobre a doença para as comunidades.

Depois do anúncio e da minha eventual aposentadoria do basquete, tive que continuar e comecei minha jornada pelo mundo dos negócios. Busquei todo mundo que pudesse me ajudar com o máximo de conhecimento para eu poder começar a Magic Johnson Enterprises (MJE). Minha missão com a MJE foi simples – erguer e causar impacto nas comunidades desassistidas levando serviços de qualidade para a vizinhança. Em negócios feitos nos últimos 20 anos, fui capaz de fazer isso. Mais importante, a MJE ajudou no crescimento das comunidades urbanas e levou esperança.

Fui forçado a repensar minha vida e ajustar. Foi vital me adaptar à mudança de vida de jogador da NBA para porta-voz do HIV/AIDS e homem de negócios. Seja por necessidade ou desejo, mudar é inevitável. Acreditar em Deus e aceitar Seu plano para a minha vida são grandes partes do motivo de eu estar aqui hoje. Meu crescimento e desenvolvimento como pessoa e homem de negócios me transformaram nos últimos 25 anos.

Sou muito agradecido por todo o incrível apoio da minha mulher, Cookie, dos meus filhos, Andre, EJ e Elisa, dos meus netos, Gigi e Avery, dos meus pais, Earvin Sr. e Christine, assim como meus irmãos, Michael, Quincy, Mary, Larry, Lois, Pearl, Kim, Yvonne e Evelyn.

Obrigado a todos que encorajaram todos os passos, sou muito agradecido pela minha vida e vou celebrá-la todos os dias. A vida é um presente e agradeço a Deus por me abençoar nesses 25 anos.

Espero continuar essa jornada…

São meus votos sinceros. Magic Johnson''

  

Abraço a todos...

...Breno...